domingo, 27 de junho de 2010

Educação Social em Portugal


Profissão do Educador Social

A profissão de Educador Social em Portugal é relativamente recente, se a analisarmos como curso superior. Na década de 90 conhecem-se os primeiros educadores sociais com habilitação superior que avançam para o mercado de trabalho com uma necessidade enorme de se darem a conhecer e de demonstrar a validade e as vantagens da sua intervenção. Estabelece-se intervindo com diversas faixas etárias e nos mais diversos contextos sociais, culturais, educativos e económicos. Esta polivalência dificulta a construção de um conceito profissional facilmente delimitável.
Segundo Yubero (1996) “unívoco, que se fala imensamente de um processo completando como um processo de socialização e que por ele se ajuda a necessitar de distintos pontos de vista em alguns casos divergentes sobre as múltiplas formas de relação entre indivíduos e a sociedade.”
Perante o parlamento Europeu de 1995, pode-se definir o educador social como um educador de educação não formal, educação de adultos incluindo a terceira idade, inserção social de pessoas desadaptadas e menos válidas assim como acção sócio-educativa.
A profissão de Educador Social, já se encontra mais conhecida, mas ainda assim são reveladas grandes lacunas, quer ao nível da carreira, quer ao nível da relação laboral com as entidades empregadores.


Perfil do Educador Social

O perfil profissional e as competências que os educadores sociais necessitam estão a tornar-se claros à medida que se vão definindo as funções destes profissionais.
Apesar das dificuldades de especificar as funções dos educadores sociais considerando a diversidade das realidades sociais e a complexidade de competências administrativas que provém de instituições tanto publicas como privadas. Alguns estudiosos (A. Petrus, J. Trilla e J.M.Quintana), tentam detalhar exaustivamente as funções dos educadores sociais que sintetizam a função detectora e de análise dos problemas sociais e das suas causas, a função de orientação e de relação institucional, a função de relação e dialogante com os educandos, função reeducativo no seu sentido mais amplo, função organizativa, e participativa na vida quotidiana e comunitária, função de animação grupos comunitária, função promotora de actividades sócio-culturais, a função docente social, função económica profissional.

A Pedagogia social como saber profissional de referência.
A Educação Social corresponde a um espaço profissional que corresponde a um encontro entre a área social e a área da educação, que só por si justifica alguma igualdade no que diz respeito à informação de uma identidade profissional, ou ainda mais se agrava pelo facto de termos em referência duas áreas profissionais complexas. Estas duas áreas procuram a sua própria identidade. A educação social autonomiza-se relativamente ao trabalho social pelo carácter pedagógico que determina os seus modelos de actuação. Por outro lado a educação social demarca-se da educação em geral e sobretudo da educação escolar pelo carácter não formal de uma intervenção direccionada para todas as pessoas independentemente da sua situação na vida. Para que o trabalho de um educador social seja avaliado eficazmente é necessário que o educador se afirme como um bom intérprete da realidade social. O educador deve exigir de si próprio criatividade, pensamento alternativo, imaginação, espírito empreendedor, capacidade projectiva, abertura ao imprevisto e poder de decisão.

  • CARVALHO, Adalberto Dias; BAPTISTA, Isabel – Educação Social - Fundamentos e Estratégias, Porto: Porto Editora, Colecção Educação e Trabalho Social, 2004, (p.83).